quinta-feira, 19 de abril de 2012

Leituras 2012 # 23

Daphne Bridgerton, irmã de sete, encontra-se na idade de casar e por isso, a sociedade obrigada à escolha de um pretendente para seu marido. Tem tido a protecção dos dois irmãos mais velhos, mas ela sabe que tem de o encontrar depressa, antes que tenha de casar com alguém que não deseja.
Quando Simon regressa a Inglaterra, depois de seis anos a viver no estrangeiro, o jovem acredita poder facilitar a vida à dama em apuros, então, ambos combinam uma estratégia, em que Simon fará de pretendente de Daph, por forma a ela poder escolher alguém do seu agrado e não ter de sofrer às mãos da mãe, que julga que ela já encontrou o pretendente perfeito, Simon – o Duque de Hastings. Essa estratégia não só atrairá olhares de cobiça por parte dos outros homens, para a jovem, como também dará algum sossego a Simon, que não será alvo das mães das outras jovens casadoiras.
Tratando-se de um romance sabemos à partida que estes dois jovens acabarão juntos. Mas o crescimento dessa relação é feito, por parte da autora, de uma forma inteligente e perspicaz. Essa relação será tudo menos convencional. Entrelaça a honra e a relação dos homens, a amizade e a obrigação de proteger a família, o desejo e o dever para com a sociedade e a família, a vontade de desatar nós que impedem a felicidade.
A autora tem uma escrita formidável. A empatia entre as duas personagens é fortalecida pela história pessoal de Simon, o que confere à relação de ambos uma esfera muito acima da típica relação de final feliz dos romances. A história é também recheada de momentos divertidos e apaixonantes. Daphne conquistou-me com a sua inocência, inteligência e ousadia. Simon teve uma infância que o marcou e que o obrigou a encarar o futuro de uma determinada forma. Mas talvez haja outros caminhos, mais agradáveis e com outras possibilidades.
Outros personagens enriquecem este livro: a mãe de Daph, Viola Bridgerton, é determinada e destemida. A sua missão é casar a filha e tudo fará para que isso aconteça. Ela até tinha proibido a filha de se aproximar do bon vivant Simon, mas isso foi antes de o conhecer. Anthony, o melhor amigo de Simon e irmão de Daph, encontra-se num divertido dilema entre a protecção da irmã e a relação de amizade para com Simon. Será caso para propor um duelo?
Os outros irmãos de Daph dão também o ar da sua graça, assim como outras personagens do mundo de Simon.
Foi com facilidade que cheguei à última página, pois a história é viciante e escrita de uma forma que não deixa largar o livro. Já estou ansiosa pelo segundo livro desta série.

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