quarta-feira, 13 de junho de 2012

Leituras 2012 # 28



Se não é o melhor livro do ano como é referido na capa, deve ficar entre os melhores. Este livro apaixonou-me, tanto pela vertente histórica, tão bem descrita e relatada, como pelas personagens e o seu percurso.
O simbolismo do Hotel Panama e aquilo que ele representa no passado e no futuro das nossas personagens, é explorado de uma forma perfeita pelo autor e a forma como entrelaça os acontecimentos passados com o que está para vir, faz-nos devorar o livro em menos de nada.
A história de Henry e de Keiko faz-nos reflectir nas nossas próprias escolhas pessoais e nas consequências destas, que poderão determinar o curso de uma vida.
Apesar de Keiko ter nascido nos EUA, a sua ascendência japonesa condena-a, assim como à sua família, a abandonar a sua casa e a sua vida, rumo a um campo de concentração e a um destino incerto. Para trás fica o seu amigo chinês, nascido nos EUA, Henry. Esta amizade perdurou através de cartas trocadas entre os dois adolescentes. No entanto, quando o tempo foi passando e as cartas escasseando, a força de vontade e o amor de Henry foram perdendo as forças e o futuro dos dois alterou-se irremediavelmen te. Mas terá sido o destino que assim quis? E será que quarenta anos serão suficientes para apagar o sentimento puro que os uniu?
Adorei a forma como o autor explorou o ambiente da altura, a cultura jazz, os confrontos da Guerra, a forma como todo o cenário alterou a vida de milhares de pessoas.

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